quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A campanha interna do PSD versus a do PS

O tema faz-me escrever sobre as eleições cuja campanha eleitoral decorre no PSD.

O PS, foi o primeiro partido político português a dar a voz - e o voto directo - aos militantes para escolher o seu líder. Guterres (em 2001), Ferro (em 2002) e Sócrates (em 2004 e 2006) foram escolhidos pelos socialistas sem intermediários e de uma forma exemplar na política portuguesa.

Tanto é assim que CDS/PP e agora o PSD também agora escolhem os seus líderes através das chamadas "directas".

O CDS/PP há dois meses atrás escolheu (outra vez) Paulo Portas que, curiosamente e de forma inédita nesta eleição condicionou a sua candidatura à realização de directas.

No último mês, o PSD e Marques Mendes, depois da trapalhada de Lisboa, anteciparam convenientemente as suas eleições internas para o período do verão. Esperavam marcar a agenda noticiosa do verão -habitualmente sem noticias- e também antecipar-se aos adversários internos, cada vez mais reforçados pela incapacidade da oposição do PSD.

Mas nem assim... noticias sobre o PSD, muito raras ou quando existem apenas para noticiar um encontro um jantar ou um almoço... Novas propostas no partido que se espera seja uma alternativa ao PS - inexistentes. Finalmente hoje li uma novidade: Catroga, um apoiante de Mendes, criticou a sua proposta de abaixamento de impostos...
Que diferença para a campanha cheia de ideias, de debate e confronto democrático na campanha de 2004 de Socrates, Alegre e João Soares... O PS, na altura, também estava na oposição, como hoje está o PSD, mas a diferença ao nível das ideias, é de facto muito grande entre o estado de um partido pronto para governar e servir e o de um partido que não é capaz sequer de se autogovernar.

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