Como na política, é fundamental para Portugal existir uma renovação nos gestores. São sempre os mesmos.
Esta não é uma guerra de gerações, mas sim de poder.
Li nos últimos dias um livro da editorial notícias que mais não é do que a última conversa de Agostinho da Silva. Uma entrevista de Luís Machado ao Homem que dizia ter um “Doutoramento em Raiva e uma Licenciatura em Liberdade”. Aqui ficam alguns pensamentos...
Sobre a política: “… Para mim, a verdadeira política é a da composição: ver o que é aproveitável no outro e o que parece ser aproveitável em nós e tentarmos então que essas duas coisas vão para a frente juntas…”
Passando pela aprendizagem: “ Temos, sobretudo, de aprender duas coisas: aprender o extraordinário que é o mundo e aprender a ser bastante largo por dentro, para o mundo todo poder entrar.”
O tema faz-me escrever sobre as eleições cuja campanha eleitoral decorre no PSD.
O PS, foi o primeiro partido político português a dar a voz - e o voto directo - aos militantes para escolher o seu líder. Guterres (em 2001), Ferro (em 2002) e Sócrates (em 2004 e 2006) foram escolhidos pelos socialistas sem intermediários e de uma forma exemplar na política portuguesa.
Tanto é assim que CDS/PP e agora o PSD também agora escolhem os seus líderes através das chamadas "directas".
O CDS/PP há dois meses atrás escolheu (outra vez) Paulo Portas que, curiosamente e de forma inédita nesta eleição condicionou a sua candidatura à realização de directas.
No último mês, o PSD e Marques Mendes, depois da trapalhada de Lisboa, anteciparam convenientemente as suas eleições internas para o período do verão. Esperavam marcar a agenda noticiosa do verão -habitualmente sem noticias- e também antecipar-se aos adversários internos, cada vez mais reforçados pela incapacidade da oposição do PSD.